segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Morena



Enquanto Duluoz esta nas minhas mãos,
Minha boca ressoa as palavras sinceras de um sincero sonhador.
Quando as paginas fecham-se por momentos,
Observo-a,
A noite se aproxima, ela estacionada,
Nas estações, as vi passar e muda-la,
Quando suas folhas enfeitaram
E os pássaros podiam se aconchegar na sombra,
E quando enfim elas se foram,
Uma a uma, sem adeus ou explicação,
Eu olhei.
Hoje, sem entender, interessei-me,
Por esta seca aroeira,
Mas de uma beleza insensata,
Incompreendida.
Ali, fazendo figuração pra luz da lua,
Protagonista de uma das mais loucas paisagens,
Esperando por mais um passar de tempo.
Esta, aqui ao meu lado, acredita nas suas maravilhas,
Próprias maravilhas de uma esquecida.
Por meses a observei,
E hoje me dediquei a descrevê-la,
Em um surto, susto, mental,
Tanto tempo enraizada, imortal.
Novamente, quando as folhas voltarem,
Nascendo uma a uma,
Ela sorrira encantada,
Majestosa,
Sem discrição alguma.
O vento dança com todas ao seu redor,
Ela não consegue mais dançar,
Seus galhos firmes,
Sua raiz profunda.
Morena aroeira, intrigante maneira,
Que me levou a pensar,
Mais uma vez, mais um por do sol,
Sempre quando não é dia,
Sempre quando não é noite,
Os sonhos, as melodias, os problemas, os temores,
Tudo em plena nostalgia me leva a lembrar,
Dos eternos,

Dos autores inspiradores.

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