Enquanto
Duluoz esta nas minhas mãos,
Minha
boca ressoa as palavras sinceras de um sincero sonhador.
Quando as
paginas fecham-se por momentos,
Observo-a,
A noite
se aproxima, ela estacionada,
Nas
estações, as vi passar e muda-la,
Quando
suas folhas enfeitaram
E os
pássaros podiam se aconchegar na sombra,
E quando
enfim elas se foram,
Uma a
uma, sem adeus ou explicação,
Eu olhei.
Hoje, sem
entender, interessei-me,
Por esta
seca aroeira,
Mas de
uma beleza insensata,
Incompreendida.
Ali,
fazendo figuração pra luz da lua,
Protagonista
de uma das mais loucas paisagens,
Esperando
por mais um passar de tempo.
Esta,
aqui ao meu lado, acredita nas suas maravilhas,
Próprias
maravilhas de uma esquecida.
Por meses
a observei,
E hoje me
dediquei a descrevê-la,
Em um
surto, susto, mental,
Tanto tempo enraizada, imortal.
Novamente,
quando as folhas voltarem,
Nascendo
uma a uma,
Ela
sorrira encantada,
Majestosa,
Sem
discrição alguma.
O vento
dança com todas ao seu redor,
Ela não
consegue mais dançar,
Seus
galhos firmes,
Sua raiz
profunda.
Morena
aroeira, intrigante maneira,
Que me
levou a pensar,
Mais uma
vez, mais um por do sol,
Sempre
quando não é dia,
Sempre
quando não é noite,
Os
sonhos, as melodias, os problemas, os temores,
Tudo em plena
nostalgia me leva a lembrar,
Dos
eternos,
Dos autores inspiradores.