domingo, 26 de abril de 2015

Sem saudade, sem origia

Você bebendo o Wisk que a gente dividia,
Fumando o cigarro que eu não te pedia,
Você esparramado na cama, minha cama deixada,
Aproveitando e levando as mulheres
Para te amar como jamais você foi amado,
Você tenta e pode tentar até a ultima tragada.
Só!
Só sei que apaguei as noites mais quentes que tivemos,
Que meu corpo esqueceu teu toque,
Sei que mesmo que eu embarque nos barcos cheios de pó,
E que todos estejam alucinados,
Amedrontados de lembranças,
Eu não irei mais ser teu cobertor,
Não deixa a bebida perder seu gosto,
Beba esse wisk que dividia-mos,
Tome a garrafa inteira,
E em cada gole lembre de mim,
Não só das noites que você se perdeu comigo entre os lençóis,
Nem apenas das orgias que protagonizamos com os mais pirados,
Lembre que eu,
Mesmo fora de mim estive sóbrio,
Em cada segundo que te olhei e bate a porta sem olhar para trás,

II
(...)



16 de novembro de 2013


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