quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sem partida

A minha cabeça explodia,
E dentro dela meus passos iam mais uma vez ao poeta,
Mas meu cansaço daquela tarde quente impediu-me.
Eu sorria aos montes,
Quando me vem às palavras mais esperadas e temidas por mim.
O poeta das mãos macias e versos de veludo havia partido
E devia naquele instante está dentro de um ônibus
Encharcado de sonhos e pensamentos adversos.
A minha alma imaginava aquele espaço vazio
E aquela fissura que trazia ao saber.
Havia agora eu em transe de lamentações
E uma cidade vazia.
Eu entrei no meu ônibus absurdo,
Ao sentar calei-me como a muito tempo não havia,
E pensei em tantas pedras que encontrei e que rimos delas.
As canções encantadoras e hostis na audição de alguns,
Lembrei-me da ferida que nasceu com falta de um abraço de boa partida
E no caminho o céu mais vermelho que eu percebi
Admirável aos olhos humanos.
Ao caminhar,
Com minhas canções,
As lagrimas pareciam chuva em um inverno turbulento,

Os insultos saiam de mim e para mim.

(CONTINUA)


C.B

Um comentário:

  1. Sempre me emociono quando leio. Ficou muito bem escrito. E ainda tenho no celular - quando você estava criando e me enviando. * - *

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