No azul onde tudo é longínquo,
Algo se esconde e aparece,
Flutua no macio das nuvens,
Move-se com o girar do mundo,
E de novo desaparece.
Onde o verde deixou de existir,
O cinza predominou,
Onde foi aquele negro,
Que me encantou?
Em qual espaço, e direção?
Não o encontro, não o percebo mais,
Norte, sul, leste ou oeste, onde foi?
De achá-lo não sou capaz.
Submeto-me a imaginar,
Onde tudo se esqueceu,
Quando não se cedeu,
E acabou a minha paz.
Onde ele está meu Deus,
Aquele belo encantado,
Que de mim tem voado,
No bater de asas seus.
Para onde foram meus olhos,
Que não o tem encontrado?
Aquele negro pássaro,
Com seu vôo abençoado.
Com seu vôo abençoado.

Nenhum comentário:
Postar um comentário